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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A paz que não é paz - Samuel Nyström

Amados Irmãos e Amigos Seguidores e/ou Visitantes deste BLOG, Paz do Senhor!
No Artigo abaixo podemos reeditar assuntos importantes comentados pelo Missionário SAMUEL NYSTROM no ano de 1933, prenunciado a Segunda Guerra Mundial. Ele inicia falando sobre um encontro ocorrido entre os dois Estadistas, MACDONALD, da Inglaterra e MUSSOLINI, da Itália, os quais se encontraram e conferenciaram, consultando também as opiniões dos representantes da FRANÇA e da ALEMANHA.
Cordiais Abraços, Pastor Jozenil Araújo!


Artigo de 1933, publicado no "Mensageiro da Paz", prenunciando a Segunda Guerra Mundial

Há poucos dias, lemos nos jornais algo a respeito do encontro de dois estadistas, e dos encontros que estes tiveram com alguns embaixadores de outros países, especialmente com os de dois países dos mais importantes da Europa. Foram esses homens MacDonald, da Inglaterra, e Mussolini, da Itália, os quais se encontraram e conferenciaram, consultando também as opiniões dos representantes da França e da Alemanha.
Qual foi o assunto sobre que falaram? Da paz e da segurança da Europa, ou talvez, digamos, do mundo.

Essas conferências foram seguidas de banquetes e discursos, que mostravam a boa vontade dos políticos e estadistas em desejarem e trabalharem pela paz; tudo isso, porém, era fictício, pois as suas atitudes não deixaram de transparecer o egoísmo de cada um, em conseguir os melhores resultados para si.

Estas conversações de paz e desarmamento deviam fazer os países ficarem tranqüilos e dormirem o sono da inocência; entretanto, assim não vemos – os telegramas indicam o contrário. Os jornais da França se mostram descontentes, e a pequena “entente” ficou mal satisfeita; trata-se, agora, de formar um bloco eslavo; a Polônia aproxima-se da sua inimiga, a Rússia, para ainda mais estabelecer a segurança. Essa aproximação não é, porém, para paz, mas para que ela, a Polônia, melhor esteja preparada a mostrar as unhas e os dentes, quando o vizinho germânico chegar-se demais.

Hoje, li nos jornais que o Japão mandou uma nota à Liga das Nações justificando a sua saída dessa sociedade. Diz, então, que estava procurando a paz oriental, porquanto, como sabemos pelos jornais, invada cidades e províncias chinesas, distribuindo a morte e a destruição.

O primeiro-ministro da Inglaterra, durante a grande guerra, David Lloyd George, escreveu há pouco tempo o seguinte: “Dois terços da população da Europa estão armados até os dentes, com exércitos tão numerosos como antes da guerra passada”. Ainda mais escreve: “A Europa é uma fornalha de suspeitas, ódios e temores”.

A Rússia apresentou, há tempos, uma proposta de reduzir os armamentos e destruir as grandes reservas de material de guerra; entretanto, o presidente da comissão de desarmamento não deixou que o representante daquele país concluísse a sua exposição, e nem que isso fosse mencionado nos relatórios. A Rússia tem hoje o exército mais numeroso da região; por isso, a sua proposta foi recebida com descrédito. O delegado da Espanha, senhor Madariaga, fez um comentário interessante sobre essa proposta dizendo: “O leão sugestionou a águia, para que esta dispensasse as garras. A águia apelou para o touro, que acabasse com os seus chifres. O touro apelou para o tigre, para este abandonar as suas unhas. Por fim, o urso sugeriu a todos que se deviam desarmar completamente, unindo-se a ele, num abraço universal”.

A força do urso está nos seus abraços ou apertos que ele dá; ali estava o perigo da proposta da Rússia.

A Palavra de Deus ainda se cumpre e há de se cumprir. Quando eles, os grandes deste mundo, disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição. Isto se cumpriu em 1914.

Quantas palavras otimistas não havia naquele tempo anterior à última guerra a respeito da impossibilidade de uma nova luta! Entretanto, veio sobre todo o mundo essa conflagração horrível, que arrastou à ruína quase todas as nações.

Os dias de hoje são como aqueles anteriores a 1914 – os homens procuram agarrar-se a qualquer palavra de esperança, que é qual palhinha flutuante, sobre as águas agitadas; entretanto, sobre eles virá repentina destruição.

Os sinais sociais, econômicos, políticos, os da apostasia, no meio das igrejas, e os do povo judaico, indicam que o tempo se aproxima, numa marcha vertiginosa, para o desfecho final desta dispensação e da vingança do nosso Deus. Então, os homens ímpios receberão o galardão da injustiça que cometeram, e os injustos serão reservados para o dia do juízo. Mas Deus sabe livrar da tentação os piedosos, e, ainda mais, estes não serão surpreendidos, porque não andam nas trevas, pois são filhos da luz e do dia; andam vestidos e não nus; são sóbrios, vigilantes e ativos no bem, e estão em íntima comunhão com o seu Senhor. Por isso, também, não aceitam qualquer palavra de paz e segurança, pois sabem que, enquanto o Príncipe da Paz não estiver reinando no coração dos homens, não pode haver paz. Entretanto, esses que assim pensam, e que, por isso, são considerados pessimistas e, muitas vezes, indesejáveis à sociedade, são os maiores otimistas que o mundo possui – são os verdadeiros homens, cujas esperanças se cumprirão no tempo determinado. Sim, eles possuem a verdadeira paz, ainda que estejam no meio de tribulações; eles têm a paz que Jesus prometeu: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou: não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”, Jo 14.27.

A paz que o mundo promete traz repentina destruição, mas a que Jesus dá consola, fortifica e produz abundância de vida.

Qual paz eis de escolher, prezados leitores? A decisão está nas vossas mãos; hoje podeis trocar a paz falsa pela paz verdadeira, que está em Jesus.

(Este e outros artigos históricos você encontrará na obra em três volumes "Artigos Históricos do Mensageiro da Paz", publicado pela CPAD)