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sábado, 30 de novembro de 2013

Entrevista com DAVID KINNAMAN - Presidente do Grupo Barna, maior INSTITUTO CRISTÃO de pesquisa nos EUA.


Amados Irmãos e Amigos Seguidores e/ou Visitantes deste Blog, Paz do Senhor. Tenham todos um Bom Dia" 
DAVID KINNAMAN, Presidente do Grupo Barna, o maior instituto cristão de Pesquisa dos Estados Unidos, na entrevista abaixo concedida à revista ENRICHMENT JOURNAL, da Assembleia de Deus nos Estados Unidos e cedida ao Mensageiro da Paz, fala do que chama "Geração Mosaico", que está se afastando de Deus e tornando seu País cada vez menos cristão. 
Afirma ainda que a próxima geração dos Estados Unidos de hoje é cética em relação a fontes externas de autoridade espiritual, como a Bíblia, a igreja e assim por diante. Isso é especialmente verdadeiro quando vemos que a igreja e o cristianismo perderam a influência cultural nos Estados Unidos de hoje”, afirma Kinnaman, que não apenas diagnostica o problema em seu país, mas também tenta apresentar soluções. 
Cordiais Abraços, Pastor Jozenil Araújo!

Entrevista com David Kinnaman
 David Kinnaman é presidente do Grupo Barna, o maior instituto cristão de pesquisa dos Estados Unidos. Nesta entrevista, concedida há poucos meses à revista “Enrichment Journal”, da Assembleia de Deus nos Estados Unidos, e cedida para publicação no MP, ele fala sobre o que chama de “Geração Mosaico”, que está se afastando de Deus e tornando seu país cada vez menos cristão. “A próxima geração dos Estados Unidos de hoje é cética em relação a fontes externas de autoridade espiritual, como a Bíblia, a igreja e assim por diante. Isso é especialmente verdadeiro quando vemos que a igreja e o cristianismo perderam a influência cultural nos Estados Unidos de hoje”, afirma Kinnaman, que não apenas diagnostica o problema em seu país, mas também tenta apresentar soluções. 

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Você realizou uma extensa pesquisa sobre a atitude da próxima geração de crentes nos Estados Unidos em relação ao cristianismo e à igreja. Quem pertence à “próxima geração”? Que forças culturais moldaram suas vidas?
Podemos pensar em gerações de muitas maneiras. Uma delas é simplesmente uma fase da vida, como aqueles com idade inferior a 30 anos. Mas, também poderíamos definir gerações em termos de pessoas que são nascidas e criadas durante um determinado ciclo de eventos e durante o surgimento de tecnologias específicas. Os “Baby Boomers” são aqueles que nasceram e cresceram nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial. Eles têm uma sensibilidade única devido aos tempos em que viviam. Da mesma forma, a atual geração de adolescentes e jovens adultos tem um selo especial que estão colocando em sua fé e no mundo. Chamo essa próxima geração de “Mosaicos” por causa de sua dependência digital e do perfil extremamente eclético.

Nossa pesquisa sugere que as forças que moldam as suas opiniões são acesso, alienação e autoridade. Acesso é a capacidade sem precedentes para obter praticamente qualquer conteúdo de qualquer lugar a qualquer hora. Isso é principalmente uma mudança tecnológica, mas também está mudando o que esses alunos pensam que podem fazer do mundo porque a tecnologia lhes dá acesso a fazer seus próprios sites, músicas, vídeos e assim por diante. Alienação representa a luta das pessoas contra as instituições de hoje, que está sendo conduzida para uma reformulação do fundamento das coisas, como as atitudes em relação ao casamento e à igreja.

Finalmente, a próxima geração dos Estados Unidos de hoje é cética em relação a fontes externas de autoridade espiritual, como a Bíblia, a igreja e assim por diante. Isso é especialmente verdadeiro quando vemos que a igreja e o cristianismo perderam a influência cultural nos Estados Unidos de hoje. 


Você e Gabe Lyons argumentam que o cristianismo tem “um problema de imagem” nos EUA entre incrédulos membros da próxima geração. Como eles percebem os cristãos e a igreja?
Os jovens não-crentes dos EUA pensam no cristianismo atual principalmente em relação às coisas às quais ele se opõe, ao invés das coisas às quais ele faz. Dessa forma, esses “mosaicos” incrédulos consideram o cristianismo hipócrita, julgador, muito político, muito focado em obter novos conversos e anti-homossexual. Na maioria dos casos, existe uma razão bíblica clara para existir essas percepções. Do ponto de vista bíblico, não há razões para que os não-cristãos não entendam e se oponham ao cristianismo. Não é isso o que o próprio Jesus predisse? Entretanto, por outro lado, algumas dessas percepções são mais parecidas com os pontos de vista que temos dos líderes hipócritas do tempo de Jesus – pessoas que sabem as respostas certas, mas se esqueceram de sua verdadeira motivação subjacente e da mensagem.

Creio que as percepções negativas em relação aos primeiros cristãos, por parte dos não-crentes, era sobre a sua loucura, seu tipo de culto e sua vida de sacrifício e de comunidade. Eu me pergunto se podemos ser conhecidos por esse tipo de coisa novamente.

Que passos práticos a igreja dos EUA pode tomar para melhor evangelizar a próxima geração?
Em primeiro lugar, aumentar nosso compromisso de discipular aqueles que aceitaram Cristo. O maior desafio para a evangelização é que grande parte de nossos esforços de discipulado com crianças, jovens e adultos jovens se perde. Eu gostaria de poder dizer por que isso acontece, mas realmente não sei. Acho que nossa paixão pela evangelização precisa de um maior compromisso com o desenvolvimento desses jovens crentes. Caso contrário, não estamos realmente fazendo evangelismo pleno, mas apenas proselitismo. Também acho que poderíamos ver algum fruto evangelístico entre os não-cristãos se investíssemos mais pessoalmente neles. Em 1 Coríntios 4.15, Paulo disse aos crentes em Corinto que ainda que eles tivessem “milhares de tutores em Cristo”, eles só tinham um pai espiritual. Precisamos de mais paternidade espiritual, de mães e pais espirituais. Isso significa um investimento caro de nós mesmos nestes não-cristãos. Vimos também que esta próxima geração, cristãos e não-cristãos da mesma forma, quer usar os seus dons e talentos para fazer a diferença. Então, acho que o evangelismo poderia ser ainda mais eficaz ao falar mais sobre como o Evangelho é a maior causa pela qual vale a pena dar a vida.

Essa nova geração não virá a Cristo se simplesmente a recrutamos como voluntários. Se não desafiarmos esses jovens a uma nova forma de vida, nossa mensagem não vai parecer mais do que um voluntariado simples.

Você afirma que “o buraco negro da frequência à igreja” se dá entre os 18 e os 29 anos de idade, quando muitos saem da igreja. Existem diferentes tipos de abandono? Essas pessoas são mais suscetíveis de voltar quando sossegam e começam uma família?
Esse é um assunto amplo. Sim, milhões de jovens nos EUA abandonam a igreja e existem diferentes tipos de abandono. A maioria sai da igreja, mas alguns perdem a fé por completo. Não podemos ajudar aqueles que deixaram – e aqueles que permanecem – sem entender suas jornadas espirituais. Por isso, o Instituto Barna investiu cerca de 200 mil dólares e quatro anos de trabalho duro em novas pesquisas para a compreensão dessas trajetórias fé. A coisa mais importante é que não podemos perder as enormes mudanças sociais e espirituais que estão ocorrendo nos EUA. Os jovens estão se casando mais tarde, tendo filhos mais tarde e são geralmente menos orientados institucionalmente. Então, essa geração está olhando muito diferente, o que exige que ministremos de novas maneiras. Aqueles que simplesmente dizem “Vamos esperar até eles terem filhos” apresentam uma desculpa esfarrapada. Nós não pensamos isso sobre nossos próprios filhos, só se for em um momento de fraqueza. Esperamos que ter filhos vai ajudá-los a compreenderem a angústia clássica da paternidade, mas eu não conheço nenhum pai cristão bem-intencionado que desculpe o fato de seu próprio filho ser um errante espiritual dizendo simplesmente “Bem, não tem problema, ele vai voltar algum dia”. Mas, finalmente, o problema de abandono é tão grave porque, na minha opinião, ele é a causa da maioria das conexões superficiais dos americanos ao cristianismo. A maioria dos adultos americanos diz que é cristã. Mas, quando é que esse compromisso começa? Quando somos crianças e adolescentes. E quando eles saem? Quando já são jovens adultos. Então, se nos dirigirmos ao nosso problema coletivo de desistências de adultos jovens, criamos um caminho para sermos mais eficazes na resolução desse problema nacional de as pessoas abraçarem a Cristo apenas culturalmente ao invés de aceitá-lo como um Salvador pessoal.

(Se você é assinante do Mensageiro da Paz, poderá ler a íntegra desta entrevista na página do assinante no site CPADNews)