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A temperatura média das águas frias dos oceanos parou de aumentar desde
2005, o que traz novos questionamentos aos cientistas sobre por que o
aquecimento global parece ter diminuído nos últimos anos, apesar do
aumento das emissões de gases causadores de efeito estufa.
Cordiais Abraços, Pastor Jozenil Araújo!
Cientistas tentam entender queda, mesmo com maiores emissões de gases. Temperatura em águas superficiais continua aumentando lentamente.
Calor que irradia do Oceano Pacífico é visto em imagem de satélite divulgada pela NASA em 6 de outubro. As regiões azuis indicam camadas espessas de nuvens
(Foto: AFP Photo/NASA/Handout)
A temperatura média das águas frias dos oceanos parou de aumentar desde
2005, o que traz novos questionamentos aos cientistas sobre por que o
aquecimento global parece ter diminuído nos últimos anos, apesar do
aumento das emissões de gases causadores de efeito estufa.
Uma das principais hipóteses apresentadas até agora para explicar este
paradoxo é que o calor acumulado pelos oceanos desceu a grandes
profundidades.
Os cientistas da Nasa,
do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) em Pasadena (Califórnia,
oeste), analisaram a temperatura dos oceanos entre 2005 e 2013, com base
em medições realizadas com satélites e diretamente em águas oceânicas,
com 3 mil boias distribuídas por todo o mundo.
"Descobriram que sob os 1.995 metros praticamente não houve mudanças de
temperatura durante este período", destacaram no trabalho publicado na
revista britânica Nature.
Apesar disso, "o nível dos oceanos continuou subindo", principalmente
devido ao degelo no Polo Norte e na Groenlândia, destacou Josh Willis,
da missão JPL e co-autor da pesquisa.
No entanto, o especialista considera que o fenômeno inexplicável não
põe em dúvida a realidade do aquecimento global. "Estamos apenas
tentando entender este mecanismo", acrescentou.
No século 21, os gases de efeito estufa, entre eles o dióxido de
carbono (CO2) produzido pela queima de combustíveis fósseis, continuaram
se acumulando na atmosfera, como aconteceu no século anterior.
A temperatura das águas superficiais nos oceanos (até 700 metros de
profundidade) continua aumentando, mas não muito rapidamente.
Um estudo publicado em 21 de agosto na revista Science já tinha
mencionado essa tese, destacando que uma corrente cíclica que se desloca
lentamente no Atlântico e transporta o calor entre os polos, ganhou
intensidade no começo do século 21, fazendo com que o calor seja
absorvido pelas águas a 1.500 metros de profundidade