O padre e
capelão do cárcere de Yare (Leste de Caracas), Luís Molina, deu uma entrevista
essa semana ao canal estatal Venezuelana de Televisão. Durante a entrevista o
padre afirmou acreditar que Jesus era “revolucionário, socialista e comunista”.
Ele usou a oportunidade também para acusar a oposição venezuelana de fazer
proselitismo político ao distribuir fotos de imagens católicas com o seu nome.
A
entrevista aconteceu por ocasião da Semana Santa e do 10º aniversário dos
acontecimentos que em Abril de 2002 afastaram temporariamente o presidente Hugo
Chávez do poder do país, de acordo com o DNotícias.
Uma das
declarações dadas pelo padre durante a entrevista foi a de que “Jesus é o filho
único de Deus e Deus amou tanto o filho que entregou o seu próprio filho pela
salvação (do Mundo)”. “Jesus é revolucionário, é super-revolucionário, vai além
dos seres humanos, é amor, a sua ação é socialista, é comunista, compartilhou
com uma comunidade de seres humanos” afirmou Molina.
O padre
acusou a oposição política do país de proselitismo político por distribuir
imagens católicas com seu nome, afirmando que o grupo “sempre tem usado a
Igreja Católica, que é o povo de Deus, desde uma experiência de exclusão”.
“Isso não deve ser, numa missa não pode haver um proselitismo político”,
concluiu.
Ele falou
ainda da importância política da data: “O mês de Abril para o povo da Venezuela
é um mês para recordar o povo, que na sua própria consciência conseguiu
expressar-se (fazer regressar Hugo Chávez). É lamentável que algumas pessoas,
representando esta Igreja (católica) que também represento, deram as costas ao povo
que desesperadamente buscava uma orientação, um caminho, precisamente a
verdade”, frisou.
Fonte: Gospel+