Em um
artigo recente, um intelectual muçulmano questionou as leis apóstatas, e
apresentou suas dúvidas sobre o assunto. O estudioso, Dr. Abdul Hamid al-Ansari
disse:
“A lei de
apostasia afirma que um muçulmano que rejeita o islã deve ser morto.” Mas
al-Ansari desconsiderou essa lei como uma ‘arma política usada durante o primeiro
século contra a oposição, contra escritores, intelectuais e jornalistas. Ele
disse que muitos muçulmanos renunciaram o islã durante a vida do profeta
Muhammed, mas ele não os matou. Os apóstatas que foram condenados à morte pelo
profeta estavam sendo punidos pelos crimes cometidos contra muçulmanos ou por
se unirem aos inimigos para lutarem contra eles, e não por abandonarem o islã.
O Alcorão defende a pluralidade de religiões. A pena de morte para os apóstatas
não é mencionado no livro. Ele apenas alerta uma possível punição, mas não
neste mundo. Existem mais de 200 versos no Alcorão apoiando a liberdade
religiosa.
Al-Ansari
também admitiu que as minorias religiosas nos países árabes não desfrutam de
todos os direitos do cidadão. “A inauguração da primeira igreja em Qatar foi
recebida com uma onda de ódio. Temos que concordar que as minorias religiosas
em nossa comunidade estão sujeitas à perturbação quando realizarem seus
‘rituais’ religiosos”, diz.
Tradução:
Deborah Stafussi - Fonte;
Portas Abertas