Atualmente,
200 milhões de cristãos sofrem perseguição religiosa no mundo todo e outros 150
milhões sofrem algum tipo de discriminação, restrição ou atentados, segundo
afirmou hoje o diretor da Ajuda à Igreja Necessitada na Espanha (AIN), Javier
Menéndez Ros. Menéndez Ros
ofereceu estes dados durante uma entrevista coletiva para apresentar o
relatório realizado pela AIN sobre a liberdade religiosa no mundo, editado
anualmente em vários idiomas e que pela primeira vez, este ano, publicado em
castelhano.
O estudo,
apresentado simultaneamente em várias capitais européias, é o único que realiza
periodicamente uma instituição ou organização católica sobre esta questão, e
evidencia que em cerca de 60 países há graves violações contra a liberdade
religiosa.
Entre estes
países, estão a Índia, onde continuam os ataques e massacres contra os
cristãos, e o Paquistão, onde a situação de direitos humanos e liberdade de
culto piorou significativamente desde 2007, segundo os dados do relatório.
Entre os
países de Oriente Médio, o Egito conta com o maior número de cristãos, a
maioria pertencentes à Igreja Copta Ortodoxa, e outros são membros de
comunidades minoritárias como os católicos, armênios, greco-ortodoxos,
greco-católicos, caldeus, maronitas e de rito latino.
Tanto os
cristãos como as minorias citadas foram vítimas de violência física e de
humilhações. A situação na Eritréia é particularmente delicada, segundo o
relatório.
Em agosto de
2007, as autoridades ordenaram à Igreja Católica que entregasse ao Ministério
de Seguridade Social e Trabalho todas as suas instituições e organizações
sociais como colégios, hospitais, orfanatos e centros educativos para mulheres. Nesse país
existem, além disso, segundo diversas fontes, pelo menos 2 mil pessoas na
prisão por motivos religiosos. Segundo o
estudo, a Arábia Saudita é o país islâmico onde a liberdade de culto é mais
formalmente negada.
O reino se
define, lembra o relatório, como islâmico “fundamentalista”, e considera o
Corão como sua única Constituição e a Sharia sua legislação empresarial.
No caso da
Nigéria, entre os freqüentes atos de intolerância religiosa e discriminação,
encontram-se os sofridos por várias comunidades cristãs presentes nos estados
mais islamizados do Norte do país, quase sempre coincidindo com os 12 estados
que introduziram a Sharia em sua legislação.
O relatório
também aborda a China, destacando que, durante a Olimpíada de Pequim, não
aconteceu nenhuma mudança na norma em vigor para as atividades religiosas.
No caso do
Iraque, apesar das mudanças com a nova Constituição após a derrocada de Saddam
Hussein, não existem garantias de que os cristãos possam permanecer e viver
seguros.
Fonte: EFE