Amados Irmãos, Graça e Paz da parte de
Deus e do Senhor Jesus Cristo!
Quando os Pastores, responsáveis por parte do Rebanho do Senhor se posicionam
contra "determinadas práticas", "modismos", "inovações" e/ou "heresias" que alguém tenta implantar no seio da
Igreja, são considerados pelos não comprometidos como “conservadores”, “radicais”, “exagerados”, "ultrapassados", etc. No capítulo 6 do Livro do Profeta Jeremias, observamos que aquele Homem de Deus
chegou a nutrir ódio dentro de si por causa daqueles que faziam pouco caso do que lhes eram falados, não dando ouvidos às Palavras
do Senhor.
Na realidade devemos dar lugar em nossos Púlpitos aos verdadeiros Pregadores da Palavra e não a animadores de auditório e/ou vendilhões da fé; aos
Autênticos Adoradores e não aos "artistas" que buscam aplausos para si, ao invés de transferir Glória, Honra e Louvor ao Deus que habita no
meio dos louvores de seu Povo. Ainda com o agravante de cobrar, antecipadamente “cachê” para poder “apresentar-se”, quando deveriam em primeiro lugar louvar ao Senhor, com a possibilidade de ser recompensado com "ajuda" através daqueles que convidaram.
Com alegria o BLOG oferece o texto
abaixo extraído de um dos LIVROS do Pastor Ciro Zibordi”).
Em Jeremias 6.10, o profeta disse: "A quem
falarei e testemunharei, para que ouça? Eis que os seus ouvidos estão
incircuncisos e não podem ouvir; eis que a palavra do SENHOR é para eles coisa
vergonhosa; não gostam dela". Quando o profeta disse isso, estava cheio de
furor em razão de o povo não gostar da Palavra de Deus. "Pelo que estou
cheio do furor do SENHOR" (v.11), completou Jeremias.
Já fui acusado por pessoas que adotam uma postura
de fã de estar cheio de ódio. Isso porque tenho verberado contra heresias e
modismos de seus super-pregadores e cantores-ídolos. Mas, sabe de uma coisa?
Eles até que estão certos! Afinal, se o profeta Jeremias estava cheio de furor,
isto é, de ira, fúria, da parte do Senhor, em razão do descaso para com a
Palavra de Deus, por que eu não posso estar cheio de ódio pelo mesmo motivo?
Sim,
eu também estou cheio de fúria, ira, furor, ódio... Quer saber de quê?
Tenho ódio das cantorias intermináveis, haja vista
diminuírem ou suprimirem, nos cultos, o tempo destinado à exposição da Palavra
de Deus. Por graça de Deus, tenho sido convidado para pregar desde os meus
dezoito anos, e em alguns lugares fico com a impressão de que, se pudessem,
excluiriam a pregação do programa... Entretanto, em seu ministério, Jesus
pregou e ensinou muito mais do que cantou.
Ao denunciar a atitude de líderes que não respeitam
a Palavra de Deus, John F. MacArthur Jr. verberou: "Eles estão consentindo
que a dramatização, a música, a recreação, o entretenimento, os programas de
auto-ajuda e iniciativas semelhantes eclipsem o culto e a comunhão dominical
tradicionais. Aliás, na igreja contemporânea tudo parece estar na moda, exceto
a pregação bíblica. O novo pragmatismo encara a pregação (particularmente, a
pregação expositiva) como antiquada" (Com Vergonha do Evangelho, Editora
Fiel, p.8).
Tenho ódio de shows e toda a sua parafernália, que
ajuntam milhares de pessoas, levam-nas ao delírio, mas também as afastam da
Palavra de Deus, da manifestação genuína dos dons espirituais, da reverência,
da verdadeira adoração em espírito e em verdade, etc. "Ah, mas muitas
pessoas vão à frente", alguém dirá. Oh, sim, é verdade, porém não há base
bíblica para justificar erros valendo-se de supostos acertos. Já pensou se
alguém passasse a noite toda com uma chamada mulher de vida fácil, e depois
dissesse: "O importante é que eu a evangelizei"?
John F. MacArthur Jr. também afirmou: "A
metodologia tradicional — especialmente a pregação — está sendo descartada ou
menosprezada em favor de novos métodos, tais como dramatização, dança, comédia,
variedades, grandiosas atrações, concertos populares e outras formas de
entretenimento. Esses novos métodos são supostamente, mais 'eficazes', ou seja,
atraem grandes multidões. E, visto que, para muitos, a quantidade de pessoas
nos cultos tornou-se o principal critério para se avaliar o sucesso de uma
igreja, aquilo que mais atrair público é aceito como bom, sem uma análise
crítica. Isso é pragmatismo" (Com Vergonha do Evangelho, Editora Fiel,
p.8).
Tenho ódio do novo estilo de vida
"cristão", seguido pela "geração de adoradores-fãs", que
citam letras de canções e chavões de animadores de auditório de cor e salteado,
porém desconhecem o ABC da Bíblia. Afirmam, quando alguém os questiona:
"Eu acho isso; eu acho aquilo". Nenhum deles se posiciona com base na
Palavra de Deus (1 Pe 3.15; 2 Tm 2.15).
Pergunte a esses "fã-náticos" de plantão
se eles sabem de fato o que é salvação, graça, misericórdia, vida cristã,
evangelização, fazer discípulos, santificação, fruto do Espírito, dons
espirituais, renúncia, culto racional, reverência, etc. Pergunte a eles se
sabem o que é o Arrebatamento da Igreja, e o que acontecerá nesse grande Dia.
Será que sabem diferençar o Tribunal de Cristo do Trono Branco? Sabem o que
será a Grande Tribulação? Lêem eles a Bíblia Sagrada e oram diariamente?
Freqüentam a Escola Bíblica Dominical?
Tenho ódio dessa superfluidade que impera no meio
evangélico, a qual tem levado muitos crentes a valorizarem o que não tem valor,
e desprezarem o que verdadeiramente é precioso.
O conceito de que a igreja precisa se tornar como o
mundo a fim de ganhar o mundo para Cristo alcançou o evangelicalismo como uma
tempestade súbita. Hoje, cada atração mundana contemporânea tem sua imitação
"cristã". Temos grupos de motociclistas cristãos, equipes cristãs de
musculação, clubes cristãos de dança, parques de diversão cristãos, e já li
sobre a existência de uma colônia de nudismo cristã.
Muitos jovens, que podiam passar a noite orando e
estudando a Palavra de Deus, divertem-se em bares "evangélicos". Isso
graças ao relativismo e às efemeridades que aprendem de seus cantores-ídolos e
super-pregadores, que não amam as Escrituras.
Tenho ódio de canções e falações humanistas ou
antropocêntricas, que levam o crente a supervalorizar o poder de suas
declarações de fé, esquecendo-se de depender inteiramente do Senhor e
submeter-se a Ele como servo. Essa geração de "sonhadores
apaixonados" não faz outra coisa a não ser profetizar isso e aquilo, na
hora em que bem entendem... "Somos boca de Deus na Terra", dizem. Mas
a verdadeira autoridade têm aqueles que valorizam a Palavra de Deus, e não as
suas palavras mágicas (Hb 4.12; Tg 5.17).
Mas não tenho ódio de nenhuma pessoa. Não odeio nem
o Diabo! Por quê? Ora, se eu odiá-lo, estarei me igualando a ele! Eu aborreço,
sim, as suas obras. Por isso, sigo a Cristo e me sujeito a Ele (Tg 4.7), sendo
fiel ao que a Palavra do Senhor diz em 1 João 3.8: "Quem comete pecado é
do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se
manifestou: para desfazer as obras do diabo".
Não obstante, sei que é praticamente impossível
convencer os que estão no erro. É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma
agulha... É muito mais simples para eles me considerarem um extremista, um
extraterrestre, alguém que está na contramão ou coisa parecida.
Mesmo assim, insisto em dizer-lhes que é preciso
voltar. "Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas
antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as
vossas almas" (Jr 6.16).
Fonte: Site ASSEM-BEREIA DE DEUS - Trecho
do livro Mais erros que os pregadores devem
evitar, do pastor Ciro Zibordi)