Amados Irmãos, que a Paz de Cristo reine em cada coração!
Tribos
sem ligação externa com outros povos narram histórias parecidas com o que há
descrito no Velho Testamento.
O
linguista Álvaro Fernando Rodrigues da Cunha está lançando um livro mostrando
que encontrou 17 narrativas indígenas que são semelhantes a passagens bíblicas
descritas no Velho Testamento.
Ele
conviveu com povos amazônicos para realizar suas pesquisas de doutorado e
mestrado na região do Nhamundá-Mapuera e do Alto Rio Guamá por mais de quatro
anos. Assim que percebeu as semelhanças ele passou a cruzar os dados e assim
nasceu o livro recém lançado intitulado de “Teoria de Cruzamento em Oralidade e
Escrituralidade”.
Entre as
histórias que ele conseguiu encontrar coincidências foi a narrada em Juízes
12:5 e 6 que conta a história entre os gileaditas e o eframitas: “Porque
tomaram os gileaditas aos efraimitas os vaus do Jordão; e sucedeu que, quando
algum dos fugitivos de Efraim dizia: Deixai-me passar; então os gileaditas
perguntavam: És tu efraimita? E dizendo ele: Não, Então lhe diziam: Dize, pois,
Chibolete; porém ele dizia: Sibolete; porque não o podia pronunciar bem; então
pegavam dele, e o degolavam nos vaus do Jordão; e caíram de Efraim naquele
tempo quarenta e dois mil.”
Os índios
contam uma história parecida, aprendida por seus antepassados. O linguista
deixa claro que a tribo vivia isolada, não tendo como conhecer essas passagens
do Velho Testamento.
Na versão
dos Tenetehára essa história é resumida entre o povo perseguidor e o povo
perseguido. Os perseguidos queriam passar para o outro lado do rio, mas os
perseguidores só deixariam eles passarem se eles conseguissem pronunciar a
palavra “pirá” (peixe). “À medida que os índios perseguidos enfileiravam-se
para atravessarem o rio (igarapé), os tenetehára lhes perguntavam como se
falava a palavra ‘peixe’. Os perseguidos pronunciavam ‘birá’, em vez de ‘pirá’.
Só neste dia os tenetehára mataram toda a tribo dos perseguidos”, conta o
autor.
O
linguista acredita que seu estudo pode servir de ferramenta para que estudiosos
de ciências humanas e sociais possam entender mais profundamente essa relação
entre hábitos, culturas, comportamentos e crenças de acordo com épocas e
regiões.
(Fonte: Leiliane Roberta Lopes - Com
informações Revista Exame)