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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Livro compara narrativas indígenas com a Bíblia


Amados Irmãos, que a Paz de Cristo reine em cada coração!

      Tribos sem ligação externa com outros povos narram histórias parecidas com o que há descrito no Velho Testamento.
     O linguista Álvaro Fernando Rodrigues da Cunha está lançando um livro mostrando que encontrou 17 narrativas indígenas que são semelhantes a passagens bíblicas descritas no Velho Testamento.
     Ele conviveu com povos amazônicos para realizar suas pesquisas de doutorado e mestrado na região do Nhamundá-Mapuera e do Alto Rio Guamá por mais de quatro anos. Assim que percebeu as semelhanças ele passou a cruzar os dados e assim nasceu o livro recém lançado intitulado de “Teoria de Cruzamento em Oralidade e Escrituralidade”.
     Entre as histórias que ele conseguiu encontrar coincidências foi a narrada em Juízes 12:5 e 6 que conta a história entre os gileaditas e o eframitas: “Porque tomaram os gileaditas aos efraimitas os vaus do Jordão; e sucedeu que, quando algum dos fugitivos de Efraim dizia: Deixai-me passar; então os gileaditas perguntavam: És tu efraimita? E dizendo ele: Não, Então lhe diziam: Dize, pois, Chibolete; porém ele dizia: Sibolete; porque não o podia pronunciar bem; então pegavam dele, e o degolavam nos vaus do Jordão; e caíram de Efraim naquele tempo quarenta e dois mil.”
     Os índios contam uma história parecida, aprendida por seus antepassados. O linguista deixa claro que a tribo vivia isolada, não tendo como conhecer essas passagens do Velho Testamento.
Na versão dos Tenetehára essa história é resumida entre o povo perseguidor e o povo perseguido. Os perseguidos queriam passar para o outro lado do rio, mas os perseguidores só deixariam eles passarem se eles conseguissem pronunciar a palavra “pirá” (peixe). “À medida que os índios perseguidos enfileiravam-se para atravessarem o rio (igarapé), os tenetehára lhes perguntavam como se falava a palavra ‘peixe’. Os perseguidos pronunciavam ‘birá’, em vez de ‘pirá’. Só neste dia os tenetehára mataram toda a tribo dos perseguidos”, conta o autor.
     O linguista acredita que seu estudo pode servir de ferramenta para que estudiosos de ciências humanas e sociais possam entender mais profundamente essa relação entre hábitos, culturas, comportamentos e crenças de acordo com épocas e regiões.
(Fonte:  Leiliane Roberta Lopes - Com informações Revista Exame)