Mack Wolford, um pastor pentecostal de West Virginia, ficou conhecido
por usar serpentes durante seus sermões. Ele foi destaque em novembro passado
no jornal The Washington Post.
Parte de sua mensagem se baseava na promessa de Jesus que os cristãos
seriam invulneráveis a picadas de serpentes e escorpiões (Marcos 16:17-18).
Durante anos ele fez uso desses animais, que criava em uma sala da igreja. Mas
no último domingo o inesperado aconteceu.
O pastor costumava fazer cultos na igreja Church of the Lord Jesus e ao
ar livre. Quando ele pregava sobre o poder do Espírito Santo, boa parte da
plateia falava em línguas estranhas enquanto ele manipulava cobras e assegurava
os presentes que aquilo era um teste de fé para os cristãos, pois eles deviam
confiar nas promessas de Deus.
Contudo, aos 44 anos de idade, ele faleceu, vítima da picada de uma
cascavel que ele tinha em casa há anos. Curiosamente, a tragédia ocorrer na
véspera de um grande evento promovido por ele no parque estadual Panther
Wildlife Management Área. Nos dias anteriores, Wolford tinha postado várias
mensagens na sua página do Facebook, pedindo às pessoas para comparecerem.
“Estou esperando um grande movimento neste domingo”, escreveu. “Vai ser como
nos velhos tempos. Teremos crentes cheios do Espírito Santo, línguas e sinais”.
Ele também convidou sua família, que em grande parte abandonou a prática
de manipular serpentes, para irem ao parque.
“Em um momento ou outro, todos nós já usamos [serpentes], mas tínhamos
parado”, explicou sua irmã, Robin Vanover. “Seu aniversário foi sábado, e tudo
que ele queria era ver seus irmãos e irmãs na igreja juntos”, lembra.
Após o período de louvor e adoração, com cerca de 30 minutos, Wolford
passou uma cascavel para um membro da igreja e sua mãe. Depois, ele se sentou
ao lado da serpente. Foi quando ela o mordeu na coxa.
O culto foi interrompido, e Wolford levado para casa de um parente, na
cidade de Bluefield, onde pretendia se recuperar apenas com orações, como
sempre fez quando sofreu picadas de cobras anteriores. Ao final da tarde, ficou
claro que desta vez era diferente, e as mensagens desesperadas começaram a
surgir no seu perfil do Facebook, pedindo oração. Mas ele se recusou a ser
levado ao hospital.
Um guarda florestal, que trabalha no parque estadual, disse que os
funcionários não tinham conhecimento das atividades de Wolford e nem dado
autorização para o culto. “Se tivéssemos conhecimento que ele carregava animais
peçonhentos, nunca teríamos permitido isso”, disse.
Tragicamente, o pai de Wolford morreu em 1983, depois de ser mordido por uma cobra.
Tragicamente, o pai de Wolford morreu em 1983, depois de ser mordido por uma cobra.
Foi então que parte da família abandonou a prática. Porém, Mack tentava
manter viva essa antiga prática, comum no sul dos Estados Unidos, mas proibida
na maioria dos estados.
(Traduzido e adaptado por Gospel Prime de WND e Washington Post)