Amados Irmãos, Paz do Senhor. Tenham todos um Bom Dia na Graça do Senhor Jesus!
A postagem abaixo dispõe sobre o conflito entre ISRAEL e PALESTINO. Acompanha e procure entender o por quê desse conflito.
Cordiais Abraços, Pastor Jozenil Araújo!
A atual crise
na Faixa de Gaza, entre o grupo Hamas e o governo de Israel está sob uma
trégua, acertada em acordo feito por ambas as partes na noite de quarta-feira,
21/11. O acordo, mediado pelo governo dos Estados Unidos, encerrou uma
sequência de oito dias de ataques de ambos os lados.
O recente
conflito se iniciou após uma ação do exército israelense próximo aos
territórios palestinos na região, e despertou especulações por parte de
lideranças evangélicas e teólogos a respeito de um significado maior em termos
de profecias bíblicas.
A Redação do
Gospel+
entrou em contato com o teólogo Alexandre Milhoranza para expor as nuances
teológicas do conflito e esclarecer pontos importantes para a compreensão do
assunto.
Segundo
Milhoranza, “o conflito árabe-israelense reacende a antiga visão de Israel,
como povo escolhido de Deus, na consumação final do Reino de Deus na terra.
Esta é uma visão herdada equivocadamente do Antigo Testamento”, introduz o
teólogo, que explica seu conceito: “Digo equivocadamente pois no Antigo
Testamento não há o conceito do estabelecimento do Reino de Deus, pois este
está sempre presente (Sl. 103:19; Sl. 145:11-13). No Antigo Testamento, Deus é
o soberano da criação com domínio irrestrito sobre tudo e sobre todos, de
acordo com a visão hebraica”.
Com o Novo
Testamento, inicia-se uma nova fase, que embora não seja alvo de muitas
discordâncias na análise teológica, representa aspectos importantes para a
compreensão a partir do ponto de vista bíblico: “No Novo Testamento vemos João
Batista anunciando a vinda iminente do Reino de Deus. Este inclusive foi o tema
central da pregação de Jesus, que o anunciava como uma realidade presente e
manifestada em sua própria pessoa e nos milagres realizados por ele. Estes
podem ser considerados aspectos já presentes na realidade do Reino de Deus e,
até aqui, não há tantas controvérsias sobre este assunto. Este é o chamado “já”
na teologia sobre o Reino de Deus”, explica Alexandre Milhoranza.
As
controvérsias surgem com a interpretação apenas em sentido literal das
profecias: “O problema surge quando consideramos os aspectos futuros do
estabelecimento do Reino de Deus, o famoso “ainda não”. Neste ponto muitos se
dividem entre associar, ou não, a Igreja com Israel e suas promessas. O grande
problema de algumas linhas teológicas é interpretar as profecias, especialmente
as de Apocalipse, num sentido estritamente literal. Neste ponto há uma
distinção radical entre Israel e a Igreja, forçando o cumprimento literal de todas
as profecias do Antigo Testamento sobre Israel”, diz o teólogo, dando dimensão
da complexidade do assunto.
Para
Milhoranza, essa linha de pensamento é falha e mantém seus adeptos reféns de
cálculos que geram especulações sobre os sinais dos tempos e consequentemente,
a respeito da volta de Cristo: “É aqui, que esta linha de interpretação ao meu
ver falha, pois nem os apóstolos interpretaram as profecias do Antigo
Testamento literalmente. Os teólogos que são adeptos dessa teoria ficam
escravos dos cálculos históricos e qualquer acontecimento político no Oriente
Médio torna-se motivo para mais especulações escatológicas. Não creio que deva
ser este a razão de ser da Igreja, mas fazer como o próprio Jesus afirmou: ‘O
reino de Deus é chegado a vós’”.
Por Tiago
Chagas, para o Gospel+