Durante o ano de 2011 a bancada evangélica no
Congresso Nacional chamou bastante atenção com sua atuação na Câmara dos
Deputados e no Senado Federal. Nas últimas eleições (2010), cresceu mais de 50%
e tem conseguido algumas vitórias em assuntos que suscitam polêmicas.
A Revista
“O Viés” publicou matéria sobre a bancada evangélica, que não se limita a
partidos ou correntes partidárias, e que dentre outros temas, tem lutado para
enterrar projetos de lei como o PL 122.
Há casos que a bancada evangélica consegue o apoio
dos parlamentares ligados à bancada católica. Geralmente, isso acontece em
temas que o cristianismo é ferido em um âmbito que abrange todas as correntes
cristãs.
A matéria “Um Estado laico com bancada evangélica”
relata a ação dos deputados que formam a terceira maior bancada do Congresso:
“Evangélicos preenchem buracos, suprem onde o governo falha e daí conseguem
apoio fácil, a militância LGBT, assim como várias outras dos movimentos
sociais, no geral, é submissa a um modelo, grande parte dela está partidarizada
e com prioridades nada ligadas à causa que deveria defender”, escreve Felipe
Severo, jornalista responsável pela matéria.
Em uma crítica explícita à atuação dos
parlamentares evangélicos, o jornalista afirma que a bancada evangélica “tem
feito o monitoramento de 368 projetos da Câmara e do Senado, a maioria
referente a questões de direitos individuais, e agido não de acordo com o
programa dos seus partidos, legalmente constituídos e pelos quais foram
eleitos, mas sim pelas orientações religiosas a que professam”.
Entre os projetos mais polêmicos que tiveram
atuação dos parlamentares evangélicos estão a chamada “Bolsa-Estupro” (que
prevê um salário mínimo durante dezoito anos para mulheres estupradas que optem
por não abortar), Lei da Palmada (prevê pena para pais que castiguem seus
filhos como forma de correção. Neste caso a bancada queria que o projeto
tivesse profundas alterações, mas conseguiu apenas mudanças superficiais) e o
PL 122 (criminalização da homofobia. A bancada está obstruindo o projeto para
que a liberdade de culto seja garantida).
(Fonte: Revista “O Viés”):