“Rogo-vos, que andeis como é digno
da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão,
com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando
guardar a Unidade do Espírito pelo vínculo da paz.” (Ef 4.1-3). =
Nesses últimos anos temos sido cobrados pelo
Senhor e enfrentado um grande desafio – O DESAFIO DA UNIDADE. Deus nos têm cobrado uma postura mais
amorosa para com os nossos irmãos. Por isso é importante atentarmos para o
fato de que a Igreja de Jesus Cristo é um corpo que possui os mais diversos
membros, simbolizando a “unidade na diversidade” que existe entre os
cristãos. Quando não andamos em unidade, não estamos andando “do
modo digno” de nossa vocação, segundo o conceito do Apostolo Paulo.
Em Efésios 4, encontramos um
impressionante apelo à unidade da igreja. Percebemos, nesse
texto, um alerta contra alguns problemas que ameaçam essa unidade. A primeira
dessas ameaças apontadas pelo texto é a falta de
união entre os irmãos (v. 1-3; 25-32). A desunião prejudica o
cumprimento da missão: perdemos tempo e gastamos esforços em lutar uns
contra os outros, nos esquecendo do que realmente é importante. O
texto nos mostra o que devemos buscar: um andar digno, humildade, mansidão,
longanimidade, amor... “Procurando diligentemente guardar a unidade do
Espírito no vínculo da paz”. O que nos une é maior que as nossas
diferenças (v. 4): um só Corpo, Espírito, Esperança, Senhor, Fé, Batismo,
Deus/Pai. É isso que devemos priorizar (I Co 1.6-10). A segunda ameaça
se verifica, por incrível que pareça, no uso dos dons e ministérios (v.
7-11). O que é dado (dons) para promover a união acaba levando à desunião.
A analogia para os dons espirituais é o corpo humano e seus membros –
unidade na diversidade. Também na igreja, a diversidade de funções, tal
como no corpo humano, não é dada para divisão, mas para o crescimento da
comunidade. Esse é o propósito dos dons: aperfeiçoamento (v. 12) e
edificação, “em vista” do ministério e do crescimento do corpo (v. 13). Uma
terceira ameaça seria representada pela possibilidade de desvios
doutrinários (v. 14,15). É importante conservar a pureza e a simplicidade
do evangelho, sem legalismos, e sem libertinagem (II Co 11.3). Um cristão
ou uma comunidade sem firmeza doutrinária é “levado/a” como criança, “ao
sabor [joguete] das ondas”, por ventos de doutrina. Como entram as más
doutrinas em nossa vida e na vida da comunidade? Muitas vezes elas se
apresentam sob uma aparência de espiritualidade, canalizada para uma sede
de “vitória” e “poder”. Os caminhos concretos para a entrada dessas
influências são diversos. Daí, a popularização e banalização de termos como
“declarar”, “profetizar”, “entronizar”, “determinar”, e tantos outros.
Portanto, a unidade da igreja/comunidade cristã, conforme entendemos a
partir da leitura do texto de Efésios, será facilitada se for baseada
nessas verdades: (1) “há um só corpo...” (v. 4-6) e, portanto,
divisões são injustificáveis; (2) os dons e ministérios devem ser
usados para o crescimento do corpo de Cristo, e não para o crescimento
pessoal (v. 12-13); e (3) seguindo a verdade em amor, não seremos
levados por doutrinas vazias que provocam divisões (v. 16). O
resultado, o fim de tudo, é o crescimento harmonioso do corpo até a
estatura de ser humano perfeito, cujo modelo perfeito é Cristo (v. 13).
Busquemos a união, a atuação harmoniosa de todos os dons e o aprofundamento
na verdade, e assim cresceremos juntos, como um só corpo. Nesse segundo mês
de 2008, já podemos constatar as mudanças ocasionadas pela adesão ao tema proposto
para este ano, baseado no Salmo 133 que estabelece no seu último
versículo: COMO O ORVALHO DE HERMOM, QUE DESCE SOBRE OS MONTES DE SIÃO,
PORQUE ALI O SENHOR ORDENA A BÊNÇÃO E A VIDA PARA SEMPRE.
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