Em momento poético do BLOG, diante de tantos "cristos" que existem por aí, ofereço aos Amados Seguidores uma poesia de Jônatas Braga que versa sobre O MEU CRISTO.
A Bíblia diz: "Vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém." (Hb - 13.21)
"Neste mundo há muitos Cristos, de muitas formas, de várias cores e de vários
tamanhos, Cristos inventados, Cristos moldados, Cristos tristes, Cristos
desfigurados.
Há Cristos para cada gosto, cada objetivo, cada projeto.
Há o Cristo das belas artes, um motivo como tantos outros para expressar uma
forma ou exibir uma escola,
pelo próprio homem criada. É o Cristo só para se ver, analisar ou criticar,
para exaltar o autor, o seu talento, sua invencionice.
Há o Cristo da literatura, da prosa, do verso, da fama, do etilo famoso, do
bestseller. É o Cristo de pretexto, que serve de texto dentro de um contexto,
que ajuda
o seu autor a faturar mais, ser mais lido e procurado.
Há o Cristo das cantigas, deturpado, maltratado e irreverentemente tratado.
Aparece na crista das ondas, estoura nas paradas. É cantado nos salões e
circula aos milhões como mercadoria para enriquecer a muitos. É o Cristo de
algibeira, fabricado como produto de consumo.
Há até o Cristo do cinema e do teatro, sucesso absoluto de bilheteria. É a
expressão da arte moderna fazendo a caricatura do maior personagem da história.
É o Cristo musicado, martirizado, encenado. É o Cristo para o espetáculo, para
os olhos, para os ouvidos, para o lazer, para
a higiene mental.
Há o Cristo do crucifixo, de pedra, de mármore, de madeira, de metal, de
ouro e até mesmo de cristal. É o Cristo para a aparência, para o colo da
mocinha, para o peito piloso do rapaz excêntrico. É apenas ornamento ou simples
decoração, embora, alguns lhe prestem culto, ele não vê, não ouve e não
entende.
Há, também, infelizmente, o Cristo de certos cristãos que ainda o tem no
túmulo, e ainda conservado na tumba dura e fria. É o Cristo que não vive porque
os seus adoradores ainda estão mortos, sem despertar para a vida nova, a vida
do próprio Cristo, da qual, ainda, lamentavelmente, não se apossaram.
O meu Cristo não é nenhum desses! O meu Cristo é o Filho de Deus que nasceu,
cresceu e sofreu, foi condenado à morte e sepultado por causa dos meus pecados.
O meu Cristo não ficou preso na sepultura escura! Ele ressuscitou, subiu ao céu
e reina à direita do Pai!
O meu Cristo é cultuado, admirado e adorado porque está vivo e bem vivo! Meu
Cristo vive nas parábolas que proferiu! O meu Cristo vive nos ensinos que
deixou! O meu Cristo vive nos atos que realizou! O meu Cristo vive nas almas
que salvou!
O meu Cristo vive, não tenho dúvidas, porque o meu Cristo vive em mim!"
Autor: Jonathas Braga