Em meio ao caos e à carnificina que estão
acontecendo na Síria, como está a comunidade cristã? Parecem sem fim as
torturas e assassinatos encomendados pelo presidente Bashar al Assad, que em
cinco meses deixou mais de 2 mil sírios mortos, 3 mil desaparecidos, 14 mil
presos e 12 mil feridos.
A comunidade cristã na Síria representa 10% da
população de 22,5 milhões de pessoas. Desde 1970, Assad, que é Alawite, um pequeno
ramo muçulmano xiita, está no poder apoiando as minorias religiosas, incluindo
os Cristãos. Os Cristãos são favorecidos em muitas situações. Existem três
Cristãos no governo e igrejas e mesquitas são tratadas da mesma forma.
Agências de
notícias tinham escrito que a maioria dos Cristãos na Síria continua apoiando o
regime de Assad, contrastando com a maioria dos Cristãos no Egito, que eram
partidários da revolução contra Hosni Mubarak.
Como jornalistas estrangeiros são proibidos na Síria, essa declaração é
somente uma suposição. O que se sabe também é que os Cristãos têm muito medo e
estão apavorados com as consequências de se pronunciarem, mesmo que de forma
anônima.
Há, porém, um Cristão a favor do regime: o general do exército Dawoud Rajiha. Em 8 de agosto, Assad o estabeleceu como ministro da defesa. Rajiha é membro de uma Igreja Ortodoxa.
Há, porém, um Cristão a favor do regime: o general do exército Dawoud Rajiha. Em 8 de agosto, Assad o estabeleceu como ministro da defesa. Rajiha é membro de uma Igreja Ortodoxa.
A nomeação de um
Cristão como chefe supremo militar encarregado da repressão brutal para manter
Assad no poder pode ser vista como um ato cínico: um movimento para alargar o
apoio a Assad, tornando-o não-partidário.
Mas a nova
posição do general Rajiha pode muito bem colocar os Cristãos na linha de fogo
da guerra. Se Assad sair do poder, poderá haver represálias contra os Cristãos,
por causa do papel do general. Por outro lado, o general Rajiha, com outros
militares, pode preparar execuções em massa no país.